EXPOSIÇÃO 50 ANOS EM 50 IMAGENS

apresentação

O ano de 2021 é marco comemorativo do cinquentenário do IEPHA/MG. No calendário de eventos dessa celebração, apresentamos uma exposição de registros fotográficos que dialoga com a história institucional, conduzindo nosso olhar para momentos distintos de uma trajetória de lutas e realizações para a afirmação de políticas preservacionistas no estado.

As imagens, encontradas no expressivo acervo iconográfico do IEPHA, revelam fragmentos do trabalho cotidiano de 50 anos, constituindo um ensaio sobre “os saberes” e “os fazeres” que pautaram a caminhada plural do Instituto em favor da proteção, salvaguarda e promoção do patrimônio cultural mineiro até os nossos dias.

Nessa empreitada, o referencial primeiro é a própria Casa, revelada em seus bastidores, para trazer à tona rotinas de pesquisas, soluções técnicas, atividades administrativas, desafios políticos e outras ações diárias sob a responsabilidade de diferentes gerações de um corpo de profissionais que esteve sempre vocacionado para o cumprimento da missão institucional.

O resultado representa um exercício de interpretação da cultura material do IEPHA e, principalmente, uma oportunidade de celebrar a sua atuação como lugar de memória e de construção cinquentenária da história da preservação em Minas Gerais, integrando passado, presente e perspectivas de futuro.

50 ANOS DE HISTÓRIA

Institucionalização de uma política estadual

Criado em 30 de setembro de 1971, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG reafirmou a tendência descentralizadora em relação às ações preservacionistas no país, sustentando as colocações dos I e II Encontros de Governadores ocorridos no Início dos anos 1970 (Compromisso de Brasília, em 1970e Compromisso de Salvador, em 1971), que apontaram para a necessidade da ação supletiva dos estados e dos municípios à atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Com a sua fundação, as primeiras ações do IEPHA-MG foram de apoio e acompanhamento das medidas de proteção, preservação e promoção do patrimônio cultural então em andamento no território de Minas Gerais.

Programa das Cidades Históricas - PCH

O PCH, Programa Integrado de Reconstrução de Cidades Históricas do Nordeste, ligado à Secretaria do Planejamento -SEPLAN, dispunha de recursos do Fundo de Desenvolvimento de Programas Integrados para aplicação na restauração de monumentos. Em 1977 o Programa se estendeu para o sudeste, e coube ao IEPHA atuar como seu braço executor regional, junto à Fundação João Pinheiro. O Programa Estadual de Restauração e Preservação -1977/1979 objetivava "promover a restauração gradativa, a manutenção e a utilização permanente do acervo cultural do Estado", a partir do desenvolvimento dos Circuitos do Ouro (municípios de Ouro Preto, Mariana, Sabará, Santa Luzia, Belo Horizonte, Congonhas, São João del Rei e Tiradentes), e do Circuito dos Diamantes (municípios de Serro, Diamantina, Minas Novas, Conceição do Mato Dentro, Chapada do Norte, Couto de Magalhães de Minas e Berilo).

Programa de Obras Urgentes - POU - obras de restauração

A partir da exitosa condução do PCH, nos anos que sucederam as suas obras foi criado o POU, Programa de Obras Urgentes, voltado aos monumentos em situação crítica e que necessitavam de intervenções emergenciais. Nesse contexto, a equipe de profissionais do IEPHA foi ampliada, estruturando-se em uma Diretoria Executiva e três Superintendências Técnicas: Superintendência de Conservação e Restauração, Superintendência de Pesquisa, Tombamento e Divulgação e Superintendência de Museus e Outros Acervos.

Restauração de elementos artísticos

Em 1979 foi criado o Setor de Restauração do IEPHA, coincidindo com a instalação de um ateliê de restauração no local. Inspirado em ateliês do IPHAN e do Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, sua proposta previa um ateliê central para bens móveis, acoplado a um laboratório técnico para apoio aos trabalhos, assim como ateliês móveis localizados nos monumentos em restauração. Essa forma de trabalhar funcionou durante muitos anos no Instituto. A partir da década de 1980, o setor desenvolveu o projeto Ateliê Vitrine, apresentando para o público os bastidores do processo de restauração. Naquele momento, os procedimentos de laboratório técnico receberam parcerias com a UFMG, USIMINAS e CETEC-MG. O Setor promoveu, ainda, formações específicas para a área, como o curso de especialização em restauração de forros de madeira com pintura decorativa. Ao longo dos anos, o Setor de Restauração do IEPHA (1979-84) recebeu outras denominações: Setor de Bens Móveis e Artes Aplicadas (1985-1989); Setor de Ateliê e Restauração (1989-1992); Superintendência de Elementos Artísticos (1993-2007); Gerência de Elementos Artísticos (2007 / atualidade).

Formação de uma equipe especializada

Além da equipe técnica que elaborava os projetos e executava as obras de conservação e restauração -arquitetos, historiadores, engenheiros, restauradores -, o IEPHA contava com um grupo representativo de mestres e artífices que realizava trabalhos complementares de marcenaria, pintura e gesso, utilizando materiais e técnicas tradicionais. Nas atividades administrativas, havia profissionais das áreas de recursos humanos, financeiros, logística e serviços gerais.

Inventariar para conhecer, o IPAC-MG

O IPAC-MG, projeto de pesquisa implantado no IEPHA em 1983, destacou-se como instrumento inovador de proteção de bens culturais em Minas Gerais, que partia da premissa de que era preciso conhecer para preservar. Com base em princípios, enunciados e experiências de organismos nacionais e internacionais, o projeto aspirava identificar e catalogar o acervo cultural mineiro em sua abrangência e diversidade, para em seguida estabelecer prioridades para políticas públicas de conservação, valorização e preservação do patrimônio cultural. Como experiência-piloto, o IPAC-MG foi realizado em duas microrregiões – Microrregião de Belo Horizonte e Microrregião do Norte de Minas – a primeira identificada com um acervo de tradição colonial e a segunda caracterizada por um rico acervo arqueológico e espeleológico.

Patrimônio entra em pauta: Acervo e Bem Informado

Em julho de 1980, sob a coordenação do pesquisador e jornalista Affonso Ávila, foi lançado o informativo ACERVO. O periódico foi o primeiro veículo de comunicação do IEPHA/MG e tinha como missão divulgar a sua atuação por meio de artigos técnicos de seus pesquisadores e de notícias relativas às diversas ações institucionais. Com o ACERVO, o IEPHA pôde ampliar e estabelecer uma interlocução mais próxima com a sociedade sobre seu trabalho pela preservação do patrimônio cultural mineiro. No ano de 2007, sob coordenação da jornalista Beatriz Teixeira de Salles, foi lançado o BEM INFORMADO, inicialmente de circulação interna. A partir de seu oitavo número, o periódico ampliou sua proposta editorial e forma de distribuição, que passou a incluir universidades, centros de pesquisa e instituições de proteção do patrimônio cultural de todo país. Com periodicidade mensal, o jornal atingiu a tiragem de 3.000 exemplares, publicando textos técnicos, notícias e informações referentes ao patrimônio cultural, sempre com a participação de técnicos da Casa e convidados.

Museu Mineiro: a implantação de uma política museológica

Estruturada em 1979, a Superintendência de Museus e Outros Acervos recebeu a atribuição de sistematizar uma política museológica para o estado, tendo o Museu Mineiro, em fase de implantação, como centro modelar de pesquisa, experimentação e formalização de métodos museológicos e técnicas museográficas. Era um momento de visível expansão das atividades do IEPHA, o que justificou a transferência dos setores ligados às suas três superintendências técnicas para um novo endereço, na avenida João Pinheiro, um anexo aos fundos do antigo prédio do Senado Mineiro. Na ocasião, o edifício principal, tombado pelo IEPHA em 1978, estava em processo de restauro para receber o Museu Mineiro, inaugurado no local em maio de 1982. Nos anos seguintes, ocorreram as restaurações de outros monumentos localizados no interior, para abrigar sedes de novos museus estaduais, tais como: Museu Alphonsus de Guimaraens, em Mariana; Museu Guignard, em Ouro Preto; Museu Guimarães Rosa, em Cordisburgo; Sobradão de Minas Novas, e outros.

Preservação do Palácio da Liberdade

Em 1981, o Instituto iniciou o longo processo de restauração do Palácio da Liberdade, tombado em 1975. Realizada em várias etapas, a primeira delas promoveu a recuperação da estabilidade estrutural do monumento, então gravemente ameaçada. A intervenção foi registrada em catálogo publicado pelo IEPHA - Palácio da Liberdade: Restauração 1981/1983.Na segunda etapa, foram executados os projetos de restauração arquitetônica e os complementares. Nas etapas subsequentes foram realizados projetos de restauração dos elementos artísticos do interior e exterior do edifício, concluídos em 2006.

Tombamento e Demolição do Cine Metrópole

No início dos anos 1980, ampliaram-se os estudos e as propostas do IEPHA/MG para a realização de novos tombamentos na área central de Belo Horizonte, contemplando alguns conjuntos arquitetônicos / paisagísticos e edifícios isolados reconhecidos como remanescentes significativos de momentos distintos da evolução urbana da Capital. Em meio a esse processo, o Instituto enfrentou um dos seus maiores desafios em 1983. Após decisão favorável do Conselho Curador pelo tombamento do Cine Metrópole, localizado no centro comercial da cidade, o ato não foi homologado pelo então governador. Em seguida à medida, o proprietário do imóvel, um grande representante do mercado imobiliário, determinou a rápida demolição do prédio, ocorrida diante de protestos públicos no local de grupos da sociedade civil, incluindo o grupo de técnicos do IEPHA. O episódio foi um marco para o fortalecimento das mobilizações civis em defesa do patrimônio cultural de Belo Horizonte, que garantiram depois a proteção efetiva de outras edificações da Capital, tais como o Cine Brasil, o Conjunto Urbanístico e Paisagístico da Praça Rui Barbosa (Praça da Estação) e outros.

Restauração do Colégio Caraça

Uma das propostas de restauração mais emblemáticas dos 1980 foi a recuperação do Colégio Caraça, consumido por um incêndio em 1968. O projeto de intervenção na área arruinada do tradicional educandário mineiro, denominado Restauração e Adaptação da antiga Biblioteca do Caraça, teve a sua execução iniciada em 1984, com o acompanhamento técnico do IPHAN e do IEPHA, e a parceria da Fundação Roberto Marinho. Em 1986, foram concluídas a parte estrutural do novo prédio e a consolidação da ruína. As obras foram interrompidas por um período, sendo retomadas em 1989 e finalizadas em 1990.

Manifestações pela valorização das atividades de preservação do patrimônio cultural

Comunidade como protagonista da preservação

Ao longo de sua história, o IEPHA/MG buscou sempre envolver as comunidades no desenvolvimento de suas ações preservacionistas. Na década de 1980 foi criada a Coordenação de Política de Atuação com as Comunidades que, mais à frente, deu origem à Superintendência de Integração Comunitária do IEPHA/MG. Sob a liderança do sociólogo Guido Rocha, eram realizadas reuniões com as comunidades em salões locais e espaços coletivos para discussões sobre a proteção dos bens culturais e a importância do envolvimento dos vários setores da sociedade nesses processos.Desde então, todos os programas de formação de gestores e agentes culturais e ações de educação patrimonial desenvolvidos pelo Instituto fazem referência ao ideal difundido por Aloísio Magalhães nos anos 1980: “A Comunidade é a melhor Guardiã de seu Patrimônio”.

Escavações arqueológicas no setor industrial da Vila de Gongo Soco

As ruínas da antiga Vila de Gongo Soco foram motivo de interesse de pesquisa pela equipe técnica do IEPHA desde 1988.No início dos anos 1990 foi elaborado o anteprojeto que definiu as áreas de estudos no sítio arqueológico da antiga vila.Em 1994, o projeto recebeu a parceria do Setor de Arqueologia do Museu de História Natural da UFMG, prevendo-se a sua execução por meio de recursos da Mineração Socoimex, proprietária da mina e da fazenda onde estavam as ruínas.No contrassenso dessas conversações, tratores da mineradora destruíram todo o complexo então definido como setor industrial das ruínas. Em regime de urgência, o IEPHA/MG elaborou o dossiê de tombamento da referida área, homologado em maio de 1995. Por ação do Ministério Público, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta, no qual a Socoimex se obrigou a financiar as escavações e o salvamento arqueológico no setor industrial. O projeto de pesquisa foi realizado entre 1995/96, por meio de convênio assinado entre a CVRD, a Socoimex e o IEPHA/MG.

Parcerias especializadas e atividades de formação

O IEPHA/MG buscou sempre estabelecer políticas internas e externas de formação e aprimoramento técnico dos seus quadros, para promover o conhecimento especializado e a troca de conteúdos e práticas nas atividades institucionais. O PROJETO IDEAS, desenvolvido no início dos anos 1990, foi uma experiência importante de intercâmbio cultural do IEPHA com a Alemanha, por meio de parceria firmada com instituições de pesquisa daquele país. Pelo Projeto, técnicos do IEPHA participaram de atividades de formação teórica e prática sobre a degradação dos materiais pétreos em edificações históricas da Alemanha e do Brasil, com resultados de grande alcance. Entre as atividades internas de aperfeiçoamento técnico do seu corpo de profissionais, tornou-se tradição no IEPHA a realização de seminários intersetoriais sistemáticos sobre temas e projetos, para a socialização de estudos de casos, a promoção de debates e a troca de conhecimentos e experiências.

Programa ICMS Patrimônio Cultural

Considerada até os dias atuais uma prática eficaz, exemplar e de grande impacto para a descentralização das políticas de proteção do patrimônio cultural no país, o Programa ICMS – Patrimônio Cultural,inaugurado em Minas Gerais em 1995 foi marco dos mais significativos para a história do IEPHA. Implantado pelo Instituto, o Programa de incentivo viabilizou o repasse de recursos anuais do ICMS para os municípios que comprovassem políticas e ações de salvaguarda dos seus bens culturais, tornando-se um grande indutor da preservação do patrimônio cultural do Estado, por meio de políticas públicas praticadas no âmbito municipal. Em 2002, o Programa ICMS – Patrimônio Cultural recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do IPHAN, reconhecido naquele ano como expressão da melhor política de apoio institucional e financeiro ao patrimônio cultural brasileiro. Neste ano de 2021 o IEPHA/MG também comemora 25 anos de realização do Programa.

Preservação do Patrimônio Cultural Ferroviário

Em setembro de 2005, o Plano de Ação e Preservação do Patrimônio Cultural Ferroviário do Programa Trens de Minas apresentou propostas de atuação da SEC e do IEPHA/MG para viabilizar estudos e projetos necessários à identificação e revitalização do Patrimônio Material e Imaterial ligado à história da ferrovia em Minas Gerais (pesquisas de identificação, diagnóstico do estado de conservação, diretrizes de atuação, assessoramento aos municípios e projeto de Educação Patrimonial). Destinava-se a subsidiar a implementação de trens de passageiros e, especialmente, a criação de circuitos turístico-culturais nos municípios prioritários do Programa, com vistas a promover a valorização do patrimônio cultural e o desenvolvimento socioeconômico regional.

Restituição de Bens Culturais

Sob a responsabilidade técnica e guarda do IEPHA/MG desde os anos 1990, O Programa de Apoio à Identificação e Restituição de Bens Culturais tornou-se prática referencial nas políticas de recuperação e preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais. Por meio de parcerias e ações interinstitucionais, o Programa continua em andamento, atuando na força-tarefa de localizar e devolver aos legítimos responsáveis os bens culturais de interesse público que tenham sido objeto de apropriação indevida, roubo, furto, tráfico ilícito ou de exportação, com danos ao patrimônio cultural mineiro.

Acervo documental do patrimônio cultural mineiro

A Gerência de Documentação e Informação do IEPHA/MG - GDI tem por competência estatutária a preservação e a disponibilização de informações e documentos relativos ao patrimônio cultural. A formação do seu acervo teve início com a aquisição de obras bibliográficas reunidas no Setor de Pesquisa da então Superintendência de Pesquisa, Tombamento e Divulgação da Diretoria Executiva do IEPHA/MG. Ao longo dos anos, seu acervo se ampliou de forma expressiva, passando a incorporar toda a produção técnica produzida no Instituto em sua atividade finalística. Em 1986 foi criado o Setor de Documentação, ligado à Diretoria de Pesquisa e Tombamento. Em 2007, passou à denominação de Gerência de Documentação e Informação, subordinada à Diretoria de Promoção.

Ações criativas para valorização do patrimônio cultural

Em 2009, com o objetivo de ampliar a participação da sociedade e aprimorar a gestão compartilhada no desenvolvimento das políticas de preservação do patrimônio cultural, o IEPHA/MG criou a Jornada Mineira do Patrimônio Cultural, com a adesão dos municípios e de instituições culturais de todo estado. Nas celebrações do Ano da França no Brasil, sob a inspiração da experiência francesa das Journées du Patrimoine, o IEPHA lançou a Jornada, buscando promover a inserção contemporânea dos valores culturais em um amplo contexto de diversidade do patrimônio cultural mineiro. Em 2010, a Jornada Mineira do Patrimônio Cultural foi contemplada com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do IPHAN, reconhecida como a principal ação de divulgação do patrimônio cultural brasileiro naquele ano.

Celebrar o Patrimônio Cultural

Em 2012 o IEPHA/MG realizou a primeira programação anual do Dia do Patrimônio Cultural, celebrado no dia17 de agosto, data de nascimento de Rodrigo Melo Franco de Andrade. A celebração se repete desde então a cada ano, com ampla participação dos municípios mineiros que, a partir de um novo tema lançado pelo IEPHA, dedicam-se ao desenvolvimento de ações culturais locais variadas (exposições, seminários, feiras, palestras, rodas de conversa etc.), para problematizar e traduzir, de forma ampla, criativa e democrática, a diversidade e riqueza do patrimônio cultural mineiro.

Novos olhares para patrimônio imaterial

A normatização do instrumento jurídico do Registro pelo IEPHA/MG viabilizou nos últimos anos políticas específicas de proteção a aspectos simbólicos de formação das identidades mineiras, criando espaço institucional para a equipe técnica do Instituto desenvolver pesquisas e produzir dossiês para promover o reconhecimento e a valorização de modos tradicionais ligados aos saberes e aos fazeres como referências socioculturais legitimadas pelo poder do Estado. Em 2016, a partir das pesquisas levantadas no Inventário do Rio São Francisco, o Instituto realizou o Registro das Folias de Minas, manifestação presente em todas as regiões mineiras. No ano seguinte, janeiro de 2017, foi a vez do Registro dos Saberes, Linguagens e Expressões Musicais da Viola.

IEPHA-MG e Centro do Patrimônio Cultural

No ano de 2021, marco de celebração do cinquentenário do IEPHA/MG, o Instituto não só retorna à sua sede no “prédio verde” da Praça da Liberdade, como também reinaugura um novo tempo em seu papel de gestor e articulador das políticas de preservação e salvaguarda do patrimônio material e imaterial mineiro, redimensionado pela vocação do seu Centro do Patrimônio Cultural. Espaço aberto às comunidades, agentes culturais, instituições de fomento e pesquisa e outros atores sociais, o Centro do Patrimônio Cultural destina-se a abrigar projetos de educação, salvaguarda, promoção, conservação e pesquisa (exposições e mostras, ateliê vitrine de restauração de acervos protegidos, núcleo de técnicas construtivas tradicionais, encontros com detentores de manifestações registradas etc.) que vão ao encontro de atividades múltiplas em estreito diálogo com a diversidade cultural da sociedade mineira.

FICHA TÉCNICA

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Romeu Zema Neto
Governador do Estado

Mateus Simões
Vice-Governador do Estado

Leônidas José de Oliveira
Secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais

Milena Pedrosa
Secretária de Estado Adjunto de Cultura e Turismo de Minas Gerais

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS

PRESIDENTE: Marília Palhares Machado
DIRETOR DE PROMOÇÃO: Luis Gustavo Molinari Mundim
DIRETOR DE PROTEÇÃO E MEMÓRIA: Raphael João Hallack
DIRETORA DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO: Luciane Andrade
DIRETOR DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E FINANÇAS: Luiz Guilherme Melo Brandão
ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: Saulo Carrilho

APPA ARTE E CULTURA

PRESIDENTE: Felipe Vieira Xavier
VICE-PRESIDENTE: André Lacerda
DIRETOR FINANCEIRO: Guilherme Domingos
SUPERINTENDENTE DE AUDITORIA: Agostinho Resende Neves
COORDENADORA GERAL DO TERMO DE PARCERIA: Carolina Ribeiro

GERENTE DE PROMOÇÃO DO PALÁCIO DA LIBERDADE: Tatiana Correia

CURADORIA
Adalberto Andrade Mateus
Maria Inez Cândido
Ramon Vieira Santos

APOIO ARQUIVÍSTICO/ ICONOGRÁFICO
Andrea dos Santos Xavier
Ivana de Almeida Carneiro

PRODUÇÃO EXECUTIVA
APPA - Arte e Cultura

APOIO DE PESQUISA
Maria Cristina Conceição Nicolai
Míriam Lúcia Silva da Mata

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO DA EXPOSIÇÃO
Bruno Magalhães

IDENTIDADE VISUAL
Carlyle Cardoso

DIGITALIZAÇÃO E TRATAMENTO DAS IMAGENS
Luiz Rodrigo Cerqueira
Douglas Mendonça

WEBDESIGN
Carlyle Cardoso